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Apostila Prof. Helvia - GEOGRAFIA - I UNIDADE - PARTE 3

A competição pela liderança do mundo:
 EUA e URSS – capitalismo versus socialismo

a - A manutenção e a expansão de áreas de influência capitalista e socialista pelos Estados Unidos e União Soviética – capitalismo versus socialismo

Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, os Estados Unidos consolidaram sua oposição de superpotência capitalista, e a União Soviética, que tinha implantado o socialismo em 1917, surgia como nação forte e respeitada por todas as demais. De um lado, os Estados Unidos procuravam manter sua liderança sobre vastas áreas do mundo; de outro, a União Soviética auxilia na expansão do socialismo. Terminada a guerra, muitos países do leste europeu alteraram a sua organização econômica, política e social de base capitalista e se tornaram socialistas:

  • a Iugoslávia tornou-se socialista em 1945;
  • a Albânia e a Bulgária, em 1946;
  • a Polônia e a Romênia, em 1947;
  • a Checoslováquia, em 1948;
  • a Hungria, em 1949;
  • a República Democrática Alemã Oriental, em 1949

Também na Ásia, alguns países optaram pelo socialismo:

  • o Vietnã do Norte, em 1945;
  • a Coréia do Norte, em 1948;
  • a China, em 1949;
  • o Tibet, em 1950, como província da China e, depois, em 1953, independente.

Outros países optaram pelo socialismo nos anos 60, 70 e 80. No pós-guerra intensificaram-se as disputas entre Estado Unidos e União Soviética pela liderança do mundo. Cada uma das superpotências procurou consolidar sua liderança sobre outros países e ampliar sua área de influência.
A Europa ocidental, por exemplo, estava arrasada em virtude da guerra, pois servira como campo de batalha. Muitas de suas cidades, indústrias e meios de transporte estavam destruídos, e grande parte da sua população encontrava-se desempregada. Diante disso, os Estados Unidos, com receio do avanço do socialismo sobre os países da Europa ocidental e temendo perdê-los de sua área de influência, elaboraram um plano de ajuda econômica para que esses países pudessem recuperar sua economia. Este plano foi aprovado em 1948 e recebeu o nome de Plano Marshall, em homenagem ao Secretário de Estado norte-americano, general Marshall.

Em que consistia o Plano Marshall?
  • Permitia aos países da Europa Ocidental importarem produtos norte-americanos a preços baixos;
  • Abria créditos para os países europeus comprarem equipamentos pesados dos Estados Unidos;
  • Fornecia empréstimos.

Os Estados Unidos explicaram que ofereciam este plano porque seria impossível a estabilidade política e a paz enquanto a Europa não tivesse a sua economia recuperada. Entretanto, a ajuda economia dos EUA, por meio do Plano Marshall, tinha pelo menos dois objetivos: manter o sistema capitalista nos países da Europa ocidental e assegurar essa área de influência, impedindo, assim, a penetração do socialismo; garantir o mercado consumidor para seus produtos e investimentos.
Os próprios industriais e comerciantes norte-americanos apoiaram o Plano Marshall, pois eles mesmos afirmavam: "Não se pode realizar negócios num mundo de pobres". Assim, eles tinham interesses na recuperação econômica dos países europeus arrasados pela guerra. Os países europeus que mais receberam ajuda dos Estados Unidos por meio do Plano Marshall foram: Reino Unido, França, Alemanha e Itália. No Japão, os Estados Unidos também intervieram, militar e economicamente, a partir de 1945. Após o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, o Japão rendeu-se às tropas norte-americanas. Após a rendição japonesa, os EUA continuaram ocupando o Japão e aplicaram vultosas somas de dinheiro para recuperar a economia japonesa e, assim, assegurar sua presença nessa porção do globo.

b - A Guerra Fria, a OTAN e o Pacto de Varsóvia – o confronto entre as superpotências
A disputa pela hegemonia internacional entre os Estados Unidos e a União Soviética, logo após a Segunda Guerra Mundial, gerou a Guerra Fria.
A Guerra Fria deve ser entendida como uma disputa entre duas superpotências. Contudo, foi uma disputa não declarada. Cada uma das nações procurava ampliar suas áreas de influência sobre o mundo, Foi também uma disputa ideológica, isto é, em que se defrontavam os dois tipos de organização econômica, política e social: o capitalismo e o socialismo.
A grande disputa teve início a partir de uma declaração de Truman, presidente dos Estados Unidos, em 1947: O presidente declarou que iria fornecer ajuda militar ao governo grego na luta contra as guerrilhas socialistas e que iria, desse modo, procurar conter o avanço da influência socialista.
Estabeleceu-se, a partir desse momento, um clima de competição, de guerra fria, entre as duas superpotências. Estas que rivalizaram-se em poder militar e econômico, procurando ultrapassar um ao outro.
Os Estados Unidos combatiam o avanço do socialismo. A União Soviética procurava dificultar a expansão americana na formação de áreas de influências, além de difundir o socialismo. A União Soviética, em 1949, já possuía a bomba atômica.
Posteriormente, as superpotências passaram a dispor da bomba de hidrogênio. Sabiam que numa guerra nuclear não haveria vencidos nem vencedores. Essa realidade criou um novo equilíbrio, o equilíbrio de terror.

Em 1956 os Estados Unidos reconheceram as áreas de influência da União Soviética, fato que marcou o declínio da Guerra Fria. Contudo, não terminaram as disputas entre as duas superpotências.
Foi nesse ambiente tenso que ocorreu a Guerra da Coréia (1950-1953) e a Revolução Chinesa (1949). Mas foi também neste período que surgiram tratados militares e econômicos entre os blocos capitalista e socialista. Esses tratados, principalmente os militares, tinham como objetivo fortalecer as ameaças que cada um dos blocos representava para o outro.
Os Estados Unidos, os países capitalistas da Europa e o Canadá formaram a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, em 1949, na cidade de Washington, Estados Unidos: Seu objetivo pode ser resumido da seguinte maneira: defesa coletiva das liberdades democráticas por meio de uma estreita colaboração política e econômica entre os países-membros. A OTAN propõe a defesa e o auxílio mútuos, em caso de ataque a um dos seus países membros.
Assim, os diversos países integrantes formaram uma força militar. Para tanto, forneceram tropas militares e armamentos sob a chefia de um comando unificado, com sede na Bélgica.
A OTAN é uma organização que possui armamentos sofisticados, incluindo armas atômicas e mísseis.
Enquanto os países do bloco capitalista fundaram a OTAN, os países do bloco socialista, liderados pela União Soviética, organizaram o Pacto de Varsóvia.
O Pacto de Varsóvia – Tratado de Assistência Mútua da Europa Ocidental – foi firmado em 1955, em pleno ambiente da Guerra Fria. Assinado pelos países socialistas da Europa oriental, seus objetivos são semelhante aos da OTAN: ajuda militar em caso de agressões aramadas na Europa; consultas sobre problemas de segurança e colaboração política. Vê-se, então, que o Pacto de Varsóvia é uma aliança militar. Compõe-se de tropas dos países-membros e tem sede em Moscou.

Tanto a OTAN quanto o Pacto de Varsóvia constituem, portanto, alianças militares que se opõem. São resultado da disputa entre as duas superpotências e seus aliados pela preservação de seus interesses no mundo. O mundo pós-guerra formou um sistema de dependência no qual as duas superpotências tornaram-se os países centrais.
Características de países subdesenvolvidos e desenvolvidos

Países subdesenvolvidos

  • alta taxa de analfabetismo e deficiente nível de instrução
  • baixa renda per capita
  • baixo consumo de energia mecânica
  • predominância da população economicamente ativa no setor primário (agricultura)
  • baixo nível alimentar (existência da fome)
  • dependência econômica
  • elevadas taxas de natalidade
  • grande crescimento populacional
  • elevada taxa de mortalidade infantil
  • baixo nível de industrialização
  • emprego de técnicas atrasadas

Países desenvolvidos

  • baixa taxa de analfabetismo
  • elevada renda per capita
  • elevado consumo de energia mecânica
  • predominância da população economicamente ativa no setor secundário (indústria) e no terciário (serviços)
  • elevado nível alimentar
  • dominação econômica
  • baixas taxas de mortalidade infantil
  • predomínio de produtos industrializados nas exportações
  • elevado nível de industrialização
  • controle da ciência e da tecnologia
  • elevada esperança de vida

Pronto pessoal, todo conteúdo enviado pela Prof. Helvia pra meu e-mail, postei aí. Dividi em 3 Partes se não, iria ficar muito grande. Qualquer coisa comentem!

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Apostila Prof. Helvia - GEOGRAFIA - I UNIDADE - PARTE 2

As características do sistema capitalista

- Este sistema caracteriza em linhas gerais: 
  • pela propriedade privada ou particular dos meios de produção; 
  • pelo trabalho assalariado; 
  • pelo predomínio da livre iniciativa sobre a planificação estatal.

A interferência do Estado nos negócios é pequena. Diante do que foi exposto, percebe-se que a sociedade capitalista divide-se em duas classes sociais: a que possui os meios de produção, denominada burguesia; a que possui apenas a sua força de trabalho, denominada proletariado. Socialismo

A preocupação com as injustiças sociais já existia desde a Antiguidade

Desde a Antigüidade algumas pessoas, preocupadas com a vida em sociedade, pensavam em modificar a organização social e assim melhorar as relações entre os homens. Na Idade Moderna também houve essa preocupação. Um inglês de nome Thomas More escreveu um livro chamado Utopia, onde mostrou como imaginava a sociedade de uma forma menos injusta.

Entretanto, com as grandes desigualdades sociais criadas pela Revolução Industrial, as idéias de reformar a sociedade ganharam mais força. Foi assim que surgiram pensadores como Saint-Simon, Charles Fourier, Pierre Proudhon, Karl Marx, Friedrich Engels e outros. Estes pensadores ficaram conhecidos como socialistas.
Essas idéias socialistas espalharam-se pela Europa e depois por todo mundo; e não ficaram somente na teoria. é o caso da Revolução Socialista de 1917, na Rússia, onde a população colocou em prática as idéias socialistas.


As características do sistema socialista

As características do socialismo e a sua propagação pelo mundo:

Até 1917 a Rússia era um país feudal e capitalista. O povo não participava da vida política e vivia em condições miseráveis. Esta situação fez com que a população, apoiada nas idéias socialistas, principalmente nas de Marx, derrubasse o governo do czar Nicolau II e organizasse uma nova sociedade oposta à capitalista – a socialista. A Rússia foi o primeiro país a se tornar socialista e, posteriormente, passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Em linhas gerais, podemos caracterizar o socialismo como um sistema onde:
  • não existe propriedade privada ou particular dos meios de produção;
  • a economia é controlada pelo Estado com o objetivo de promover uma distribuição justa da riqueza entre todas as pessoas da sociedade;
  • o trabalho é pago segundo a quantidade e qualidade do mesmo.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), outros países se tornaram socialistas, como, por exemplo. A Iugoslávia, a Polônia, a China, o Vietnã, a Coréia do Norte e Cuba. Entretanto, este novo sistema colocado em prática nesses países, principalmente na União Soviética, apresenta vários problemas:

  • falta de participação do povo nas decisões governamentais;
  • falta de liberdade de pensamento e expressão;
  • formação de um grupo político altamente privilegiado.

A teoria econômica elaborada por Karl Marx, Friedrich Engels e outros pensadores foi interpretada de várias formas, dando origem a diferenças entre os socialismos implantados. 

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Apostila Prof. Helvia - GEOGRAFIA - I UNIDADE - PARTE 1

CAPITALISMO X SOCIALISMO
Um resumo da história

As relações de trabalho na Idade Moderna e Contemporânea:  A formação do capitalismo - A Idade Moderna, de 1453 a 1789, e a formação do capitalismo comercial

No século XV, o comércio já era a principal atividade econômica da Europa. Os comerciantes, ou a classe burguesa, já tinham acumulado grandes capitais realizando o comércio com a África e a Ásia, através do mar Mediterrâneo. O capital torna-se a principal fonte de riqueza, substituindo a terra, do período feudal. De que forma o capital podia ser acumulado ou obtido?

  • por meio da ampliação cada vez maior do comércio;
  • por meio da exploração do ouro e da prata.

A expansão do comércio gerou a necessidade de se aumentar a produção, principalmente o artesanal. Os artesãos mais ricos começaram a comprar as oficinas dos artesão mais pobres. Estes transformaram-se, então, em trabalhadores assalariados, e o número de empregados nas oficinas foi aumentando. 

A fase de acumulação do capital por meio do lucro obtido com o comércio e, ainda, por meio da exploração do trabalho do homem, seja o assalariado ou o escravo, recebe o nome de capitalismo comercial. Nesta fase do capitalismo, nos séculos XV e XVI, ocorreu a expansão marítimo-comercial. A expansão marítima européia fez ressurgir o colonialismo. 

A Idade Contemporânea, de 1789 até os dias atuais: a formação do capitalismo em sua forma moderna – o capitalismo industrial – e as relações de trabalho

Até o século XVIII, o comércio era a principal atividade econômica da Europa, proporcionando grandes lucros à burguesia comercial. Nesta época começaram a surgir novas técnicas de produção de mercadorias. Como exemplo podemos citar a invenção da máquina a vapor, do tear mecânico e, conseqüentemente, dos lucros da burguesia. Surge, deste modo, um novo grupo econômico, muito mais forte que a burguesia comercial. Cabia a burguesia industrial a maior parte dos lucros, enquanto a grande maioria dos homens continuava pobre, Uns continuaram trabalhando a terra arrendada, outros tornaram-se operários assalariados. Essa situação histórica é conhecida como Revolução Industrial. 

O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi a Inglaterra, em 1750. Posteriormente, já no século XIX, outros países realizaram a Revolução Industrial: França, Alemanha, Bélgica, Itália, Rússia, Estados Unidos e Japão. 

O capitalismo industrial, firmando-se como novo modo de vida, fez com que o trabalho assalariado se tornasse generalizado. O homem passou, assim, a comprar o trabalho de outro homem por meio de salário. A Revolução Industrial tornou mais intensa a competição entre os países industriais, para obter matérias-primas, produzir e vender seus produtos no mundo, fazendo surgir um novo colonialismo no século XIX – o imperialismo. As potências industriais européias invadiram e ocuparam grades áreas dos continentes africano e asiático. Fundaram colônias e exploraram as populações nativas, pagando baixos salários pelo seu trabalho. Além de fornecer matérias-primas para as indústrias européias, as colônias eram também grandes mercados consumidores de produtos industriais. Os países americanos, apesar de independentes de suas metrópoles européias – Portugal, Espanha e Inglaterra –, não escaparam dessa dominação colonial, principalmente da Inglaterra. 

Os países latino-americanos, inclusive o Brasil, continuaram como simples vendedores de matérias-primas e aliamentos para as indústrias européias e como compradores dos produtos industriais europeus. 

A Revolução Industrial levou a um aumento da produção, dos lucros e, também, da exploração do trabalho humano. O trabalhador foi submetido a longas jornadas de trabalho, 14 horas ou mais, recebendo baixos salários. Não eram somente adultos que se transformavam em operários: crianças de apenas seis anos empregavam-se nas fábricas, executando tarefas por um salário menor que o do adulto. Essa situação levou os trabalhadores a se revoltarem. Inicialmente eram revoltas isoladas, mas, depois, os operários se organizaram em sindicatos, para lutar por seus interesses. E os trabalhadores descobriram uma arma para lutar contra a exploração de sua força de trabalho – a greve. 

A atual fase do capitalismo recebe o nome de capitalismo financeiro. A atividade bancária, ou seja, empréstimos de dinheiro a juros, predomina. Todas as outras atividades dependem dos empréstimos bancários. A moeda tornou-se a principal "mercadoria" do sistema.

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Preconceito Racial

Após solicitado como exercício pelo professor de Redação, uma dissertação sobre alguns temas limitados, fiz a minha sobre PRECONCEITO RACIAL. E estou compartilhando com todos vocês este texto. OBS: Se encontrarem algum erro, me avisem!

Preconceito Racial: Uma antiga realidade

O tempo passa, as pessoas mudam, as tecnologias avançam, mas o preconceito racial não deixa de ser uma realidade em todo o globo terrestre. Será mesmo que em pleno século XXI ainda exista o mesmo racismo do século XV? Onde os negros eram vistos e tratados como criaturas inferiores? 

Nos últimos anos está sendo comum vermos negros ocupando cargos altos, coisa que jamais aconteceu no passado, porém essa realidade é comum a poucos negros, em relação aos brancos que ocupam cargos de responsabilidade e poder. Pois, ainda existe um pensamento medíocre, mesmo que seja “oculto”, de que os negros só podem ser encarregados de atividades de pouca responsabilidade, este pensamento é fruto do período da escravidão, onde os negros eram tratados de maneira sub-humana. 

Alguns sociólogos vêm apontando diminuição do preconceito racial, contudo é constante as dezenas de exemplos públicos de racismo. O negro é até hoje alvo de “olhares tortos”, o caso é tão sério, que recentemente um cantor baiano foi ofendido, com palavras discriminatórias, enquanto se apresentava no carnaval da capital baiana.

Enfim, mesmo com todos estes exemplos, obviamente estes atos preconceituosos não são generalizados, mais é realidade para grande maioria da população. Precisamos entender que se isto não mudar é bem provável que a humanidade acabe antes do preconceito racial.

Paulo Roberto Argollo Júnior

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Segundo Reinado ou Segundo Império - História - I UNIDADE

Bandeira do Brasil durante o Segundo Reinado


Introdução - O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. O 2º Reinado terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República. O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.

Política no Segundo Reinado - A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste período o imperador escolhia o presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembléia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição.

Término da Guerra dos Farrapos - Quando assumiu o império a Revolução Farroupilha estava em pleno desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade da região sul conseguir a independência do restante do país. Para evitar o sucesso da revolução, D.Pedro II nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias utilizou a diplomacia para negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845, obteve sucesso através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na Revolução Farroupilha.

Revolução Praieira (1848-1850)  - A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.

Guerra do Paraguai (1865-1870) - Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína. 

Ciclo do café - Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno. Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do Brasil. 

Imigração - Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.

Questão abolicionista

- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.


Crise do Império 

- A crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:

- Interferência de D.Pedro II em questões religiosas, gerando um descontentamento nas lideranças da Igreja Católica no país;

- Críticas e oposição feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que mostravam-se descontentes com a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam insatisfeitos com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam dar declarações na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;

-  A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar a implantação da República no país;

-  Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão-de-obra remunerada.

Fim da Monarquia e a Proclamação da República - Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo, de forma provisória, o cargo de presidente do Brasil.


Fonte: SuaPesquisa

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Sistema Digestório - Biologia - I UNIDADE

Índice
  1. Digestão
  1. Características
  1. Boca
  1. Língua
  1. Faringe
  1. Esôfago
  1. Estômago
  1. Intestino Delgado
  1. Intestino Grosso
  1. Fígado

Digestão: é o processo de transformação de moléculas de grande tamanho, por hidrólise enzimática, liberando unidades menores que possam ser absorvidas e utilizadas pelas células.

Dessa forma, proteínas, gorduras e carboidratos, por exemplo, são desdobrados em aminoácidos, ácidos graxos e glicerol, glicose e outros monossacarídeos, respectivamente.

Características do Sistema Digestório O tubo digestivo humano apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. A parede do tubo digestivo tem a mesma estrutura da boca ao ânus, sendo formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.



Boca - A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.

Língua - A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.

Faringe - A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.

Esôfago - O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.

Estômago - O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.

Intestino Delgado - O intestino delgado é dividido em três regiões:duodeno, jejuno e íleo. A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar.

Intestino Grosso - É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 

Fígado - As principais funções do fígado são: Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase; Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células e Metabolizar lipídeos

Fonte: Só Biologia & Anatomia e Fisiologia Humanas

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Avisos

Olá pessoal, estão gostando do blog? Espero que sim. Quero passar alguns avisos para vocês, o primeiro é: informar a grande dificuldade que estou encontrando para postar, assuntos de Matemática, Física e Química. Estas matérias exigem maior desenvolvimento do assunto, e fica meio difícil trazer isso num poste, eu poderia trazer varias teorias destas matérias, porém isso não ajudaria muito, uma vez que vocês não aprendam a praticar. Estou aberto a sugestões, podem fazer comentários, lembrando que os comentários podem também ter caráter sugestivo, ou seja vocês podem sugerir assuntos que eu ainda não postei.

Outro aviso muito importante, é que algumas pessoas já me perguntaram dos assuntos de GEOGRAFIA. Eu estou aguardando a Professora Helvia passar para meu e-mail, isso não deve ocorrer muito tarde não, logo logo teremos os assuntos aqui.

É isso!

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Racionalismo (Vídeos) - Filosofia - I UNIDADE

Pessoal, andei pesquisando pelo youtube e encontrei alguns vídeos sobre meu tema da apresentação de Filosofia desta unidade, com certeza deve ter dos outros temas. Então estou colocando aqui pra vocês os vídeos, assistam, eles vão te dar uma base sobre o tema, porém procure se aprofundar em outras fontes.








Se quiserem, posso procurar dos outros temas, agora só se tiverem interesse. Quem quiser, faz um comentário abaixo.

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Modal Verbs (Verbos Modais) - Inglês - I UNIDADE

Índice
  1. Conceito
  1. Principais Verbos
  1. Ausência da Obrigação


Conceito - Em inglês, verbos auxiliares modais são verbos que só ocorrem na presença de outro verbo, são defectivos na conjugação e não têm passado nem futuro (com exceção do can que tem passado e condicional). Devido à alta freqüência com que ocorrem na língua, os verbos modais tornam-se imprescindíveis.



Principais Verbos Modais


Can - Could

- significado de ability: I can speak English - Eu consigo falar inglês.
- significado de permission: Can I smoke here? - Posso fumar aqui?
- significado de possibility: It can happen to anyone. - Isso pode acontecer com qualquer um. (Esta ocorrência é mais rara e o significado de possibilidade aqui se confunde com o de capacidade. Para possibilidade é sempre melhor usar may e might.)

Could funciona como passado e como futuro do pretérito de can:

- passado: I couldn't speak English before Going To England. / I co uldn't go. / You couldn't smoke in the presence of your parents at that time. - Eu não sabia falar inglês antes de ir para a Inglaterra. / Não pude ir. / Não se podia fumar na presença dos pais, naquela época.

- futuro do pretérito: You could have called me. Could you do me a favor? - Você poderia ter me ligado. / Você poderia me fazer um favor?

May

- significado de permission: May smoke here? - Posso fumar aqui?
- significado de possibility: It may rain today. - Pode ser que chova hoje.
- para expressar um desejo (to express a wish): May all your dreams come true. - Que todos seus sonhos se realizem. (Esta última ocorrência é mais rara, restrita a uma linguagem mais formal.)

Might

- significado de remote possibility: It might rain this weekend. - É capaz de chover no próximo fim de semana.

Should

- significado de advice: You should study more. - Você deveria estudar mais.*

Shall 

- significado de suggestion (predominante no dialeto britânico): Shall we go to the movies? - Que tal irmos ao cinema? / Que tal, vamos ao cinema?

Há quem classifique o will, o would e o used to como verbos modais. Nós preferimos deixar o will e o would como auxiliares do future e do conditional, e o used to como habitual, equivalente ao pretérito imperfeito do português. Leia aqui sobre o used to.Shall ocorre unicamente no modo interrogativo e na primeira pessoa do singular (I) ou do plural (we).

Must

- significado de obligation: You must stop smoking. - Você tem que parar de fumar.
- significado de prohibition: You mustn't get out of bed. - Você não pode sair da cama.
- significado de inference, logical deduction: He must be very rich. - Ele deve ser muito rico.*
* Veja a ambivalência do verbo dever do português.

Também o verbo need pode ocorrer como modal, mas apenas nas formas negativa e interrogativa. Esta, entretanto, é uma ocorrência muito rara, principalmente em inglês norte-americano.

Ausência de Obrigação - Quando nós queremos dizer que não é necessário a pessoa fazer determinada ação nós podemos utilizar um verbo moldal no negativo o verbo inteiramente no negativo. Mas nós podemos utilizar o don't have ao invés do haven't got to, que é mais informal.

Fonte: MundoVestibular

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Amadeus - FILOSOFIA - I UNIDADE

Como todos sabem esta unidade estamos aprendendo um pouco mais sobre: Empirismo, Iluminismo e Racionalismo. E o professor nos indicou como complemento do assunto, assistir o filme Amadeus. Para quem não conseguiu alugar ou comprar, eu tenho aqui os links para download. Já assisti, e está bom, áudio e vídeo.

http://www.megaupload.com/?d=6C15LU47 - Qualquer problema, comenta aqui embaixo.

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